EduLara no País e no Mundo

sexta-feira, julho 27, 2007

O meu relógio

Relógio que não uso por opção mas que me limita.
Relógio que descobri tem os fusos horários que me interessam.
Relógio que resolvi acertar à minha hora global, à hora que quero para o que desejo.
Ponteiros que se mexem rápido demais quando estou contigo, mas que teimam na quietude nas outras horas.
Ponteiros que se cruzam como nós.
Ponteiros tão diferentes e que afinal se completam.
Setas que não me mostram o caminho quando me perco num jardim.
Setas que me indicam para onde olhar, através da água, junto a uma árvore.
Apenas e só para te encontrar!

quarta-feira, julho 25, 2007

No mundo dos sonhos

Viajo sonhando a realidade que me escapa.
Sonho a viagem que me realiza.
Acordo! Mudo o filme. Mantenho a mensagem.
Fiel aos meus ensinamentos procuro a utopia.
Encontro o que me escreves.
Volto a sonhar, desta vez acordado.

segunda-feira, julho 23, 2007

Ao longe


O caminho é longo e difícil, o horizonte alí está com o marco que me indica o caminho.
A disposição é total, sinto a magia no ar. Quebro o silêncio com o ruído dos meus pensamentos.
Tanto que dizer, tanta vontade de mostrar o que sinto.
Este é o momento! Não me faltam as palavras!

quinta-feira, julho 19, 2007

Ruas


São ruas, caminhos, percursos da vida.
São vistas que guardo com palavras preenchidas por ensinamentos presentes.
É uma mão que me segura sem me tocar.
Um abraço perdido no aconchego de um largo.
Passeio observando o que me mostras, o que procuras conhecer.
A pouco e pouco sinto como és, revelas um segredo. Guardas no entanto a tua intimidade.
Aprendo!
Falo demais, escuto o que me dizes. Caminho ao teu lado, acompanho cada passo, cada descobrir de ruas já conhecidas, cada lembrança.
Olho o horizonte, ao fundo o rio, a cidade por cima dos telhados. Olho de novo, ao fundo estás tu, mas agora mais perto. Respiro, Olho-te! Tento adivinhar o que pensas.
Faço a minha primeira pintura, é arte, é o desenho de um rosto. O teu!
Acordo e converso comigo mesmo, percebo que sim que o devo fazer.
Continuar o caminho!

domingo, julho 15, 2007

Do passado do presente e do futuro

As boas notícias chegam sem avisar, trazem recordações de um passado mais ou menos recente de uma vida que está mesmo ali.
Os amigos que tanto queremos aparecem quando deles precisamos, trazem esperança alegria recordações e sentido para o futuro.
Algumas amizades são intemporais, ultrapassam a distância, a ausência de notícias e quando se dá um reencontro é como se tivéssemos vivido cada dia ao lado um do outro.
São reencontros terapêuticos, reencontros com boas surpresas. Surpresas que não deixarei fugir sem pelo menos conhecer.

quarta-feira, julho 11, 2007

Quente

A manhã adivinha um dia quente.
Quente de sensações, de sensualidade, de gestos que lembram bailados, de cumplicidades nossas e finalmente de contacto.
Ainda que timidamente mas com provocação, foges na rotina do dia, escapas por entre a multidão.
Trocamos novo olhar de cumplicidade, olhar maroto que guardas para momentos teus.
Aprovo a ousadia, apetece-me retribuir mas não se proporciona o momento.
Não vais escapar, sem dúvida não deixarei que fujas.

domingo, julho 08, 2007

O mar nos teus olhos


Vejo o mar nos teus olhos, são olhos de água.
Olhos que matam a sede de conhecimento.
Olhos que olham o Mundo com inocência.
Vejo neles a luz da lua reflectida, do sol que me queima a pele.
Vejo os desejos, a curiosidade de saber o que penso.
Escondes os olhos, escondes a verdade.
Mostras como és ao olhar com interesse para aquela água transparente, tão transparente como os teus olhos que encerram tamanha timidez.
Vejo no mar a saudade, o descobrir de novos horizontes profundos de alegria.
Vejo-te a ti na água, no espelho calmo que devolve o que te vai na alma.
Vejo tudo isto com os meus olhos mareados de água doce.

quarta-feira, julho 04, 2007

Reconhecer

Acordei bem disposto, tinham passado poucas horas desde que adormecera a pensar nos sentimentos que desejo viver, que vivo a cada hora.

Um dia como outro uma troca de conversas. Um dia ocupado com pouco tempo para pensar. Uma troca de palavras escritas ao acaso, uma resposta sem emoção sem que pudesse mostrar o que sentia. Uma resposta fria, bruta infeliz. Um erro que se paga caro, sem possibilidade de remediar.

Ela aproximava-se com dedicação, sem pensar sugeri uma invasão do meu espaço não por cansaço nem por ausência de racionalidade, inexperiência imagino. Tentava brincar sem o mostrar, tentava que imaginasse o meu sorriso a minha felicidade.

Justifiquei o injustificável a falta de disponibilidade, para o que mais prezo, para lhe dar atenção.

Foi assim o meu dia de hoje, felizmente que acaba.

Páginas em branco

Folheio o livro procurando o capítulo da felicidade, o índice diz que é mais à frente. Continuo a folhear, procuro a página do primeiro capítulo. Não está lá não a encontro, já passou, agora tudo é normal, tudo é real. Imagino como seja, imagino como o desejarás. Imagino o futuro já amanhã.
Folheio mais uma vez, não encontro.
Leio na cor das páginas tudo o que não está escrito. São páginas brancas de pureza, verdes de esperança, vermelhas de paixão, negras de luto. Tento que sejam escritas, tento ler o que nelas escreves, leio por fim.
São histórias não escritas de momentos não vividos. São romances, tragédias.
Leio cada palavra, cada frase que ecoa nas paredes vazias de uma casa. Vozes que ecoam no silêncio. Vozes que se perdem do ruído das vidas lá fora, da vida cá dentro.

Escolho a capa, o título é o meu nome a minha história.

Acrescento mais um capítulo, o dia de hoje. Deixo que escrevas o dia de amanhã.

Preces



Que sejam ouvidas!